Não, nem todo mundo que é gordo,
gordinho ou “fora do padrão imposto pela mídia” precisa de cirurgia bariátrica.
Eu sempre penso muito antes de escrever meus textos do #VaiGordinha para ao
Lado B, e dessa vez, escrevo no dia do médico, dia 18 de outubro. Quando as
pessoas que me conheceram com quase 170 quilos me param e me perguntam como
estou e vêem que sim, apesar das mudanças e dos percalços eu estou bem, visto
que já emagreci mais de 60 quilos, um dos comentários que ouço é: “Ah, eu
preciso de uma cirurgia dessas!”.
Claro que eu não tenho que ser
fiscal da obesidade de ninguém, nem tenho o direito ou conhecimento
técnico-científico para apontar nada para ninguém, mas juro, quando a pessoa
pesa menos de 80 quilos e é só “gordinha” e me fala uma coisa dessas, o meu
olhar é fulminante.
Gente, sério mesmo, cirurgia
bariátrica não é uma cirurgia estética, que as pessoas fazem por bel prazer ou
porque estão com preguiça de dieta e tratamentos para emagrecer. Cirurgia
bariátrica é uma intervenção séria, necessária em casos de IMC que apontem
obesidade ou em casos de comorbidades como diabetes, problemas de coluna e
articulações, cardíacos ou alguém igual a mim, que tinha um IMC 63, considerada
obesidade mórbida. E há casos que o IMC entre 30 e 35 culminado com doenças
metabólicas, pode haver indicativo cirúrgico, por isso mesmo a cirurgia
popularmente chamada de redução de estomago, na verdade é a cirurgia bariátrica
e metabólica.
E voltando as vacas frias, tudo
isso aprendi acompanhando a vida de várias e várias pessoas que se submeteram a
essa cirurgia e algumas que não precisaram, e sim, conseguiram deixar a casa
dos três dígitos com dieta e exercícios, porque não havia nenhum problema
metabólico na parada.
E quando ouço pessoas – homens e
mulheres, diga-se de passagem, dizendo: “Ah, eu luto tanto para perder cinco
quilos” ou “seria tão bom se eu não conseguisse comer nada”, a vontade é falar
tudo aquilo que enfrentamos no dia a dia, desde o primeiro dia no hospital até
as mil vontades que enfrento (posso sempre falar por mim) na rotina diária de
até sonhar que estou comendo um simples prato de lasanha, e nem precisa ser um
pratão, ou não passar mal porque estou conversando com os amigos durante o
almoço. Ah, e também o sair correndo da mesa de reunião de pauta, porque a
“baba branca do alien” resolveu subir devido ao tempo que não dei entre a
refeição e um copo com água ou por não ter mastigado direito aquele bendito
pedaço de carne.
Com isso, cada pessoa que me
procura diariamente para questionar se deve ou não fazer a cirurgia ou mesmo
comentar sobre o médico tal que diz que é só “engordar um pouquinho”, eu só
posso orientar que sou muito grata a equipe médica que me atendeu com doutor
Cesar Conte e James Câmara, e que médico que diz para “engordar uns dez
quilos”, desculpa, eu não considero confiável, porque mesmo engordar em demasia
é uma agressão ao nosso organismo, e falo isso com a experiência de quem viu o
ponteiro da balança saltar para quase 170 quilos, e nem foi para conseguir uma
cirurgia. E meu médico, dr. Cesar, foi como sempre, um grande profissional,
sempre me orientando desde os 120 quilos que fui na primeira consulta até os
166,5 que operei. E só posso agradecer a ele por agora “ter pescoço” (risos).
Ah, e só um aviso: médico que
cobra para passar paciente na fila do SUS está lesando paciente duas vezes e
pode ser denunciado por isso.
Booooooooooom dia pessoas lindas!!! Nosso texto no #VaiGordinha de hoje!Apesar de não termos o direito de ser fiscal da...
Posted by Liziane Berrocal on Segunda, 19 de outubro de 2015