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Fique a vontade, pode me chamar de gorda sim, o quanto quiser!

27 de outubro de 2015

Meu Deus, eu sinto ânsia de vômito ao ler certas coisas (Arquivo Pessoal)
Me perdoem o desabafo em uma coluna que se propõe a falar de coisas “para cima”, de alegrar mulheres e falar sobre empoderamento, mas não podemos fechar os olhos diante de tantas barbaridades que acontecem todos os dias.

Vim aqui inclusive para abrir o coração. O jornal Extra, do Rio de Janeiro divulgou no ultimo dia 21 uma matéria sobre uma estudante universitária negra, grávida de três meses e gorda, que foi vítima de racismo, machismo e gordofobia em um grupo de “graduação”.

Carla Gomes, de 21 anos, de Porciúncula, no Norte do Rio de Janeiro, cometeu um crime contra os “facistas”. Ela de decidiu comentar em uma postagem que a indignou, com conteúdo discriminatório. Sim, foi esse crime cometido pela acadêmica.

“Preta até vai, mas gorda e fedorenta?”, ou “Orca baleia” e outras ofensas pesadíssimas (nossa, que trocadilho). E eu mais uma vez tenho que escrever que sim, precisamos falar de gordofobia.

Outro dia, nos comentários daqui mesmo do Lado B, uma senhora do nada veio contestar uma opinião minha com a frase. “Eu sou homofóbica e magra, e também sou preconceituosa”. Ok, obrigada, melhor ser gorda do que podre, não é?

E qual o problema da mulher ser gorda??? Ou da pessoa ser gorda? Alguém pode me responder, nem que seja na Bíblia, no código penal ou em algum manual idiota de instruções que esteja escrito que não pode ser gordo?

O preconceito chega ao ponto das pessoas não chamarem a outra de “gordo” ou “gorda” porque soa como ofensa pior que chamar de criminoso. Tipo, é mais feio chamar de gorda do que de puta! E aliás, titia vai ensinar que não pode chamar nem de um, nem de outro ok?

E na verdade, tem dias que eu me canso disso, porque vivi e vivo tudo isso todos os dias da minha vida. Vou contar uma história para vocês aqui que aconteceu na minha vida profissional. Eu trabalhava para um grande empresário e político e acabava por auxiliar na manutenção de perfis das redes sócias e às vezes até do perfil pessoal dele.

Lembro que fiquei atônita quando uma pessoa enviou uma mensagem para ele dizendo que era para me demitir porque eu era gorda. Gente, alguém se deu o trabalho de enviar uma mensagem ao meu chefe falando que eu tinha que ser demitida porque eu era muito gorda.

Eu me lembro das palavras: ‘Você tem que demitir essa sua assessora, ela é gorda’. Confesso que fiquei sem ação e apaguei o comentário, bem profissionalmente. E depois percebi que não adiantaria, porque eram várias mensagens dessas por conta do posicionamento político que tenho.

Pensa só, alguém pedindo a demissão de alguém por ser gorda? Pois é minha gente, isso existe. E quando me dei conta que mais cedo ou mais tarde ele iria ler os inúmeros comentários em relação a minha forma física, não tive dúvidas. Sentei com ele e abri o coração. A resposta foi a melhor possível. “Não te contratei por causa da sua aparência e sim com sua competência”.

Ali, eu claro fiquei aliviada. Mas as ofensas nunca cessaram. E toda vez que eu vejo alguém fazendo o que fizeram comigo eu fico tão tristes, mas mantenho a esperança que sim, nós precisamos falar de gordofobia e de preconceito e mais ainda de humanidades.

Sem mimimi, sem chororô e com a realidade de que isso não vai mudar tão cedo, veja pelo preconceito racial que a escravidão acabou em 1888 e ainda tem gente com mente do século passado e que trata o negro como se fosse sub, ainda assim há progressos nesse sentido.

Então, não podemos desistir e temos sim que insistir em tudo que pudermos para fazer do mundo um lugar melhor para se viver e para que as pessoas percebam o quanto o outro ser humano também é importante.

E eu começo por mim: pode me chamar de gorda sim. Não sou forte, porque não sou alterofilista; não sou cheinha porque não sou balão e nem gordinha, porque isso é a maneira velada de ofender. Pode me chamar de GORDA, com todas as letras que uma gorda tem, porque o que me define não é ser gorda ou magra, branca ou negra, loira ou morena, o que me define é o que eu faço pelo mundo que vivo e pelas pessoas ao meu redor. E eu não trocaria isso por nenhum corpo de Barbie!

Beijos de luz!

Redação do ENEM: MEC, nem quero nota, só dizer Obrigada!

25 de outubro de 2015

Todos os dias há milhares de relatos de mulheres gordas, magras, ricas, pobres, negras, com ensino superior, com nível mínimo de alfabetização, empregada doméstica, empresária, autônoma, loira linda do corpo sarado, bonita pra caramba, quem não se acha bonita e sempre com um relato de violência contra a mulher.  Por trabalhar com a imprensa, e ser militante dos direitos humanos, recebo muitos desses relatos.

Eu sou jornalista, eu sou feliz demais em ser jornalista e ver que todos os dias tem pessoas que confiam em mim em contarem suas histórias, seus dramas de violência. Eu tenho um caso de uma menina, que aos 13 anos foi chamada para ser empregada doméstica na casa de uma família rica. Família ficou com ela em casa até os 33 anos. Ela foi demitida sem NENHUM direito. NENHUM direito. Nesse tempo, ela casou com um homem mais velho, que foi o seu primeiro homem, que além de machista é homofóbico e agressivo. Teve uma filha com ele. Cansada da vida que levava, ela resolveu mudar. Ela conheceu uma pessoa. O que o cara fez? Tirou TUDO dela.

Ela saiu de casa só com a roupa do corpo, sem lugar para dormir, agredida, ferida e cheia de feridas não só no corpo, mas na alma. A filha não pode vê-la, porque o ex-marido já avisou que vai acusar o companheiro dela de estupro caso ela insista. E a filha criada por um machista, está sendo o quê? Machista! Hoje, aos 36 anos, ela está refazendo a vida e quando vejo o atual companheiro indo buscar, cuidar dela com carinho e até me ligar para avisar que ela está doente, eu sinto que sim, é possível que tudo mude!

E num contraponto, uma mulher linda, família rica, marido rico, conhecidíssimo na cidade. Ela apanhava do marido. Sabe por quê? Ela cometia o pecado de estudar. Os amigos, a família? Todos omissos. Todos machistas omissos. Ela teve que mudar de estado, porque o machista inconformado não aceita que ela seja ela mesmo. E mesmo quase dez anos após a separação, ele continua a perseguindo.

Mulheres que são todos os dias, julgadas por não serem mais magras, ou mais louras, ou com o cabelo mais liso, ou por usarem maquiagem ou apenas por serem mulheres. Eu no curso de Direito ter que aguentar professor machistas falando que lei do feminicídio é feminismo!

E isso, é normal? É pior do que ter se alistar no exército.

Histórias de violência, de subjugação, de machismo latente, de sogras infernais que criam machistas, de gente que quer tratar a mulher – mesmo sendo mulher também, como subproduto social.
Fui criada por uma mãe, família matriarcal mesmo. Criada para ser mulher forte, decidida. Porque minha mãe apanhava do meu pai. Apanhava na minha frente, de todos os filhos. Quebravam a casa inteira e isso causou em mim uma necessidade sim de militar contra isso. Perdoei meu pai? Sim, acredito que sim, afinal, a vida ensina e hoje dos 10 filhos que ele teve com as várias mulheres por ser um machista, quem cuida dele são as únicas duas que ficaram perto. Eu e minha irmã hoje temos que engolir tudo aquilo que vimos e vivemos nossa infância e adolescência inteira, e usar o exercício do perdão.

Minha sobrinha é criada para ser ELA. Não precisa ser feminista, mas machistas não passarão! E meu sobrinho, criado para ser HOMEM, não macho apenas! E apesar das brincadeiras bobas do dia a dia, graças a Deus hoje, temos um lar que vive o respeito à igualdade de gênero, mesmo com algumas barreiras, que vamos vencendo no dia a dia.

Eu claro, aprendi que com brio de homem não se mexe, que respeito é sempre bom, que as coisas na vida não podem ser oito ou 80 e que temos que respeitar os limites sim. Mas é bateu levou. E se minha mãe era da época que o bateu levou era na porrada, eu vou além, o bateu levou tem que ser na Justiça. E machistas e misóginos merecem punição e exemplar!

Sei que a redação não deve ser assim em primeira pessoa, mas fica impossível não escrever sobre aquilo que vivemos diariamente. E de tudo que eu agradeço na vida, não ter um marido machista é um dos agradecimentos principais! Mas o principal deles é minha mãe, que se foi há um ano, ter me ensinado que ser mulher era ser mulher e que isso não me faz melhor, mas muito menos, me faz pior que ninguém.

Ps: eu teria muitos mais relatos para escrever, mas daí eu iria zerar por ultrapassar o que é pedido. Beijos, obrigada pelo tema! Chorei aqui! 


Que tal um mês de frutas grátis?

23 de outubro de 2015

Você sabia que é recomendação da Organização Mundial de Saúde consumir entre três a cinco porções de frutas diariamente para uma alimentação saudável?


Constituída essencialmente por água, a maioria é de sabor doce e agradável ao paladar, sendo uma excelente opção para todas as refeições diárias, em especial para a sobremesa.

Com alto valor nutricional, altos índices de fibras e vitaminas, as frutas também são fontes de diversos fotoquímicos que são fundamentais para a saúde e preservação dos tecidos celulares e prevenção de doenças relacionadas com a má nutrição.



A nutricionista Mariana Corradi que atende em especial pacientes pós-bariátricos explica que a ingestão de frutas começa no primeiro período já da dieta líquida. “Os pacientes ficam em dieta líquida geralmente por no mínimo 15 dias em dieta totalmente líquida e a fruta em forma de suco auxilia nessa fase da alimentação, começando pelas menos ácidas, logo em seguida é um dos primeiros alimentos a serem introduzidos na alimentação e tem que fazer parte da vida dos pacientes”.

Atualmente, o consumo regular de fruta está associado à redução do risco de cancro, de doenças cardiovasculares, da doença de Alzheimer, cataratas e de alguns dos declínios associados com o envelhecimento.

Responsável pela empresa “Chiquita Banana”, a jornalista Vânia Galceran, viu nos problemas de saúde que enfrentou uma forma de mudar o rumo da vida profissional e pessoal. “A recomendação entre outras coisas era fazer exercícios e se alimentar melhor. Foi quando as frutas que eram raras na minha vida se tornaram hábito, assim como escovar os dentes. Passei a nadar, agora eu caminho e inseri frutas diárias na alimentação. Isso mudou minha disposição, me tirou da prostração e já me ajudou a perder 14 dos 40 kg que ganhei, tudo em um mês”, garante.

“Eu tenho duas filhas atletas e estava enfrentando vários problemas de saúde, com orientação médica aumentei o consumo de frutas e percebi que as pessoas não dão atenção para isso”, disse.

Pensando no dia mundial da alimentação, comemorado agora em outubro, o LiziPlus vem com uma promoção bem bacana. Compartilhe essa matéria, curta a página da "Chiquita Banana" e concorra a um mês de frutas fresquinhas entregues no seu trabalho ou na sua casa.
Vem com a gente?
Basta compartilhar esse link e comentar ali embaixo com um EU QUERO CHIQUITA BANANA!
O sorteio vai ser pelo RANDON. Comentários repetidos não serão contabilizados. Válidos para pessoas de Campo Grande (MS) e a entrega deverá ser combinada com a empresa. ;)

Coragem...

20 de outubro de 2015


A mudança é uma morte, por isso é coragem para poder mudar. A transição por vezes pode ser dolorida, mas traz uma sensação merecedora de vitória, em especial quando temos certeza de que estamos fazendo a escolha certa.

Outro dia, estava conversando com um amigo sobre determinada situação da minha vida, e ele me disse: "Será que é bom trocar o certo pelo duvidoso? Eu não trocaria!"

Fiquei pensando nessa frase, que eu considerei um tanto quanto pessimista. Ora, como eu saberia se o certo é certo quando eu não estou feliz? Ou quando algo me incomoda?

E como saberia se o duvidoso é de fato uma dúvida se eu não fui tirar uma "prova"? Olhei e agradeci o 'conselho', não reclamei nem refutei, mas fiquei pensando e descobri que mais que tudo, para mudar é preciso ter coragem.

Coragem de romper com os paradigmas, coragem de romper com os próprios preconceitos. É preciso coragem para perdoar quem errou conosco, ou pedir desculpas pelos nossos erros. É preciso coragem para dizer acabou e começar uma nova vida, e novamente aprender dizer "eu te amo". Aliás, é preciso coragem para o amor.

Coragem para enfrentar o desconhecido, já que a vida não vem com manual de instruções.

Eu era professora, vejam só, e resolvi virar jornalista. Na época, teve gente que disse que eu tava trocando o certo pelo duvidoso. Pelo andar da carruagem e pelo meu crescimento profissional, acredito que o duvidoso virou o corretíssimo. E agora, atualizando um texto de tantos anos, estou aqui, jornalistando na redação, mudei de novo o rumo da prosa.

Emagreci 64 quilos, E hoje, encaro uma nova mudança, assumo um novo desafio, uma nova etapa da minha vida.

Medo? Confesso que sim. Depois de uma rotina de quase três anos no mesmo local, mudar dá frio na barriga, dá aquela taquicardia de leve (ou forte, sei lá), mas também dá borboletas no estômago e é possível vislumbrar que lá na frente, será melhor!



Eis me aqui, jornalistando. Tudo isso, porque tive coragem...





TRT-MS tem vagas para estudantes do Ensino Superior, Ensino Médio e Técnico no Estado

19 de outubro de 2015

O Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região está com inscrições abertas para contratar estagiários para Campo Grande e Varas do Trabalho do interior de Mato Grosso do Sul. Há vagas para as áreas de Administração, Arquitetura e Urbanismo, Biblioteconomia, Comunicação Social Habilitação em Jornalismo, Cursos Relacionados à Área de Tecnologia da Informação, Ciências Contábeis, Direito, Engenharia Civil, História. No Ensino Médio Regular e Curso Técnico integrado ao Ensino Médio Regular nas áreas de Eletrotécnica, Telecomunicações ou Eletrônica.


Os interessados devem participar do Processo Seletivo destinado a estudantes regularmente matriculados e com frequência efetiva em Curso de Graduação em Nível Superior, Nível Médio Regular ou Curso Técnico integrado ao Ensino Médio Regular. Os interessados devem se inscrever pela internet até as 18h do dia 6 de novembro de 2015, no portal www.superestagios.com.br. 

A prova será realizada no dia 22 de novembro de 2015, domingo pela manhã.  Os estagiários receberão, a título de bolsa-estágio, R$ 800,00 para estudantes de educação regular do Ensino Superior e R$ 560,00 para estagiários de Nível Médio Regular e Curso Técnico integrado ao Ensino Médio Regular. A carga horária do estágio é de quatro horas por dia.

Quem tiver dúvidas, pode entrar em contato pelo e-mail selecao@superestagios.com.br ou pelo chat online no portal da Super Estágios. 

O órgão informou o quadro de vagas, por cidade: 

Local de Estágio
Cursos/Áreas


 Campo Grande
Ensino Médio Regular
Curso Técnico integrado ao Ensino Médio Regular: Eletrotécnica, Telecomunicações ou Eletrônica.
Nível Superior: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Biblioteconomia, Comunicação Social Habilitação em Jornalismo, Cursos Relacionados à Área de Tecnologia da Informação, Ciências Contábeis, Direito, Engenharia Civil, História.
Aquidauana
Nível Superior: Direito
Dourados
Nível Superior: Direito
Ponta Porã, Fátima do Sul, Rio Brilhante e Nova Andradina
Nível Superior: Direito
Naviraí e Mundo Novo
Nível Superior: Direito
Três Lagoas
Nível Superior: Direito
Paranaíba, Cassilândia e Bataguassu
Nível Superior: Direito
Corumbá
Nível Superior: Direito
Coxim
Nível Superior: Direito




Nem todo "gordinho" precisa de cirurgia e engordar uns quilinhos para fazer bariátrica é o pior conselho que você pode receber

Não, nem todo mundo que é gordo, gordinho ou “fora do padrão imposto pela mídia” precisa de cirurgia bariátrica. Eu sempre penso muito antes de escrever meus textos do #VaiGordinha para ao Lado B, e dessa vez, escrevo no dia do médico, dia 18 de outubro. Quando as pessoas que me conheceram com quase 170 quilos me param e me perguntam como estou e vêem que sim, apesar das mudanças e dos percalços eu estou bem, visto que já emagreci mais de 60 quilos, um dos comentários que ouço é: “Ah, eu preciso de uma cirurgia dessas!”.

Claro que eu não tenho que ser fiscal da obesidade de ninguém, nem tenho o direito ou conhecimento técnico-científico para apontar nada para ninguém, mas juro, quando a pessoa pesa menos de 80 quilos e é só “gordinha” e me fala uma coisa dessas, o meu olhar é fulminante.

Gente, sério mesmo, cirurgia bariátrica não é uma cirurgia estética, que as pessoas fazem por bel prazer ou porque estão com preguiça de dieta e tratamentos para emagrecer. Cirurgia bariátrica é uma intervenção séria, necessária em casos de IMC que apontem obesidade ou em casos de comorbidades como diabetes, problemas de coluna e articulações, cardíacos ou alguém igual a mim, que tinha um IMC 63, considerada obesidade mórbida. E há casos que o IMC entre 30 e 35 culminado com doenças metabólicas, pode haver indicativo cirúrgico, por isso mesmo a cirurgia popularmente chamada de redução de estomago, na verdade é a cirurgia bariátrica e metabólica.

E voltando as vacas frias, tudo isso aprendi acompanhando a vida de várias e várias pessoas que se submeteram a essa cirurgia e algumas que não precisaram, e sim, conseguiram deixar a casa dos três dígitos com dieta e exercícios, porque não havia nenhum problema metabólico na parada.

E quando ouço pessoas – homens e mulheres, diga-se de passagem, dizendo: “Ah, eu luto tanto para perder cinco quilos” ou “seria tão bom se eu não conseguisse comer nada”, a vontade é falar tudo aquilo que enfrentamos no dia a dia, desde o primeiro dia no hospital até as mil vontades que enfrento (posso sempre falar por mim) na rotina diária de até sonhar que estou comendo um simples prato de lasanha, e nem precisa ser um pratão, ou não passar mal porque estou conversando com os amigos durante o almoço. Ah, e também o sair correndo da mesa de reunião de pauta, porque a “baba branca do alien” resolveu subir devido ao tempo que não dei entre a refeição e um copo com água ou por não ter mastigado direito aquele bendito pedaço de carne.

Com isso, cada pessoa que me procura diariamente para questionar se deve ou não fazer a cirurgia ou mesmo comentar sobre o médico tal que diz que é só “engordar um pouquinho”, eu só posso orientar que sou muito grata a equipe médica que me atendeu com doutor Cesar Conte e James Câmara, e que médico que diz para “engordar uns dez quilos”, desculpa, eu não considero confiável, porque mesmo engordar em demasia é uma agressão ao nosso organismo, e falo isso com a experiência de quem viu o ponteiro da balança saltar para quase 170 quilos, e nem foi para conseguir uma cirurgia. E meu médico, dr. Cesar, foi como sempre, um grande profissional, sempre me orientando desde os 120 quilos que fui na primeira consulta até os 166,5 que operei. E só posso agradecer a ele por agora “ter pescoço” (risos).


Ah, e só um aviso: médico que cobra para passar paciente na fila do SUS está lesando paciente duas vezes e pode ser denunciado por isso. 



Booooooooooom dia pessoas lindas!!! Nosso texto no #VaiGordinha de hoje!Apesar de não termos o direito de ser fiscal da...
Posted by Liziane Berrocal on Segunda, 19 de outubro de 2015

Chamar de magra é elogio?

13 de outubro de 2015

Sabe aqueles dias em que você acorda, meio assim, sei lá? Então, daí eu tinha um material para escrever sobre comida. Pois é, eu, bariátrica escrevendo sobre comida. Gente, que difícil. E comecei a lembrar da minha mãe, e como deve ter sido a gestação dela, quando estava me esperando. Vai fazer um ano que minha mãe se foi no próximo dia 22 de novembro, e lembrei então que há nove meses, fiz a minha cirurgia bariátrica.

Claro que a primeira coisa que lembrei foi que nove meses depois nasceu uma nova mulher. Não, não é metáfora ou brincadeira, mas sim uma nova pessoa que renasceu por meio de um procedimento cirúrgico. Eu tenho umas paranoias que nunca tive, confesso, de me olhar no espelho e às vezes achar que estou vivendo um sonho, ou um pesadelo, e acordar e não ser nada daquilo que eu estou pensando. Até que olhei uma foto com um vestido em uma cor que eu nem tinha gostado muito.
Estava meio frio, eu gosto de decotes e o vestido não tem decotes... Mas ia para um programa de TV, e acredito que cabia na ocasião. Calcei um sapato de salto com bico fechado, estilo boneca, do jeito que eu queria usar. Antes de ir, passei na minha irmã. O Pedro é o meu “espelho”, quando ele acha que está bonito, ele fala na cara dura, e quando não.

Desci do carro e ele veio ao portão me receber. “Tia, tia, como você está magra!”
Eu abri um sorriso! Meu Deus, quando eu pensei que ser magra seria um grande elogio para uma mulher que ainda pesa cem quilos??? Não, aquilo não estava acontecendo. E pedi uma foto para meu marido. Afinal, eu estava feliz com o vestido, definindo melhor a minha silhueta, a cintura ali, aparecendo, mais fina... Corrige a postura! Gritou minha sobrinha...
Quando olhei aquele retrato, com caras e bocas, de cima para baixo e de baixo para cima, tentando perceber o melhor ângulo, aquela coisa de mulher, me descobri vaidosa e cheia de mim, porque vi ali que todas as fotos me agradavam de certa forma, porque nove meses depois, eu mesma pari uma nova mulher...

E pronto! A foto com o vestido que estava guardado, para uma ocasião especial, e aquela era uma ocasião especial, eu estava usando uma roupa para mim. Na verdade, eu acho que me assustei, porque eu estou numa “nóia” de reganho de peso e de efeito platô (quando estacionamos num peso) e pensando que meu sonho é pesar 98 quilos.
Meu Deus, quem no mundo quer pesar 98 quilos? Que mulher sonha em pesar 98 quilos? Pois é, eu mesma. Eu sonho com isso, sempre, e correr literalmente atrás dos 98 quilos não é fácil para quem já pesou 170 quilos e sabe que nunca vai ser “corpo padrão”.
Lembrei de todas as vezes que senti vontade de comer algo e não poderia, ou daquelas que passei mal, porque eu lindamente insisti em comer e percebi que meu estômago não é mais o mesmo, mas que vamos lá temos que nos conformar e a vida continua, só que de outra forma, e com tantas mudanças que nove luas trazem.

Eu ainda não sou mãe, de parir, mas imagino que não é fácil dar à luz. Assim como não foi comigo, me “parir” e dar à luz a uma nova pessoa que saiu da escuridão de uma doença cruel que é a obesidade – e, por favor, não pensem nisso como gordofobia, porque quem sabe o que é entalar na roleta da catraca do busão e ser alvo de ofensas apenas por ser gorda, sabe o que eu estou falando.
E ao postar a foto nas redes sociais, entre os inúmeros elogios e mais de 500 curtidas, me veio uma noção de como temos noções disformes de nós mesmos algumas vezes. Eu percebi que meu sonho ainda é pesar 98 quilos, mas me senti realizada, bem realizada em ser apenas chamada de “magra”. E olha que isso nem deveria ser um elogio... Mas olhando bem as fotos de antes e de agora, até que estou assim, “magra”...



Texto do #VaiGordinha e ainda me pergunto: chamar de magra é elogio? Eu e minhas noias paranoicas de cada dia! :D
Posted by Liziane Berrocal on Terça, 13 de outubro de 2015

Sempre fui a amiga mais cheinha, e que bom que minhas amigas não se envergonham disso!

6 de outubro de 2015

A polêmica da vez são as amigas mais cheinhas. Então, sei que ninguém é balão para ficar cheia ou vazia, ou copo, ou sei lá, porque somos seres humanos, mas vamos lá discorrer sobre, mais uma bobagem do “mundo belo e formoso” de lá de fora, onde transformam em celebridade alguém que faz culto ao corpo, e acha que só seu corpo é perfeito, porque é um “corpo em forma”.

Em forma do que cara pálida? Em forma de anabolizantes ou de falta de cérebro? Ou em forma de suplementos e afins? Ou poderia ser mesmo em forma, mas não da forma que as pessoas querem impor e sim em forma daquilo que realmente cada um quer.

Quando eu pesava 166 quilos, eu brincava que sim, eu tinha o corpo em forma. Em forma de bola! E ria, mas era meu jeito mesmo. Ainda tenho forma de bola, e fico abismada em como as pessoas querem moldar as outras por aquilo que elas acreditam que é certo.

A “bola da vez” são as “musas fitness”. Quem são elas? Só procurarem, mas tem uma, que sinceramente não quero nem saber. Mas vou falar dela mesmo assim. Lala Noleto. Claro, que eu, nunca tinha ouvido falar até ela dar uma declaração idiota e preconceituosa para a revista Veja SP.

“Lalá Noleto foi a primeira a mudar de rumo. Achava-se enorme com 1,65 metro de altura e 64 quilos. Em 2011 entrou num spa. “Não poderia ficar longe das minhas fãs, então decidi postar meu dia a dia lá.” Nas fotos da hashtag #projetolalanoleto, só entram outras blogueiras e celebridades. “Quando coloco amigas ‘cheinhas’, o pessoal critica, diz que elas são feias, aí eu fico com vergonha e deleto o post”, justifica Lalá."

Vamos por partes. Lalá Noleto é advogada e se achava enorme com seus 64 quilos. Pois é. Ela entrou num SPA (claro, tem que ter muita grana para isso), mas acredito que enorme mesmo era sua baixa autoestima, visto que, uma pessoa que não se ama, seja no peso que for, e tem essa necessidade de aceitação alheia tão grande, que não consegue se olhar no espelho.
Sobre as amigas mais “cheinhas”. Gente! Eu sou a amiga mais cheinha de TODAS as minhas amigas. Sempre fui, desde a adolescência! É só ver pelas fotos, e quer saber, acho que sou mesmo, a mais cheinha de alegria, a mais cheinha de auto-estima, a mais cheinha de modéstia (ops!) e também a mais cheinha de personalidade!

Lembro que uma vez, fui a um bar jogar sinuca com minha melhor amiga, a Luciana, que eu chamo de marida, e um cara foi super babaca comigo, e chegou nela tentando “brincar” com minha forma de bola. 

Ela foi direto ao ponto e queria dar uma tacada na cabeça do cara.
Nessas horas, sabe o que eu penso? Que bom que eu sou amiga de gente que nem a Luciana, e não que nem a Lalá Noleto, já pensou que triste, você ter uma amiga que tem vergonha de você por você ser mais cheinha?

Deus me livre! Eu que teria vergonha de ter uma amiga assim!

Sempre fui a amiga mais cheinha das fotos, e nunca tive vergonha disso! 



Nessas horas, sabe o que eu penso? Que bom que eu sou amiga de gente que nem a Luciana, a Heloisa, a Danielle, a Carla,...

Posted by Liziane Berrocal on Terça, 6 de outubro de 2015
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